segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Os ciúmes!

Como está a Carlota a reagir à chegada da irmã? 
É uma pergunta que me fazem muitas vezes, tanto no meu dia a dia como através de emails e mensagens. Por isso, já há algum tempo que queria escrever aqui sobre isso e partilhar a experiência com outras mães na mesma situação.
Tive quase 9 meses para preparar a C para a chegada da mana Minho, mas com 2 anos e meio senti muitas vezes que ainda era muito pequena e não tinha consciência ou percebia de facto o que se estava a passar ou o que a esperava. 
Ao principio queria dormir na alcofa da irmã, enfiava-se no ovinho, queria vestir as suas roupas mini e repetia muitas vezes que era uma bebé e que as coisas eram dela... e desde o principio que lhe explicava que era a alcofa da mana Minho, o ovinho e as roupas da mana Minho... para que se fosse familiarizando.
Também lhe dizia e ainda a lembro muitas vezes das vantagens de ser mais crescida - que já sabe falar, andar, pode fazer imensas coisas sozinha e que ser bebé é uma seca... :)
Ciúmes? Provavelmente sim, mas também muitos abraços e beijinhos - a Carlota ADORA a irmã e há dias em que é a coisa mais querida, "Mãe posso dar beijinho à Minho? Posso isto? Posso aquilo? Obrigada, Se faz favor... ", mas também é verdade que nos últimos tempos está muito mais teimosa, nega-se a fazer coisas que lhe pedimos e faz birras para as coisas mais simples como vestir-se, pentear-se... 
Escolhi a técnica de relativizar quando se porta mal, por achar que é uma reacção, um momento delicado por causa do nascimento da irmã, mas há momentos de desespero e que simplesmente "não pode ser"!
Tenho muito cuidado em não descurar a atenção a que estava habituada... continuamos a fazer alguns programas só a duas... Mas, por outro lado, sinto que não estou a desfrutar ao máximo da Carminho. Quero olhar para ela durante horas, quero dizer-lhe que é o meu amor, a minha vida e enchê-la de beijos e mimos durante todo o dia, como fazia com a C. Mas a atenção que a Carlota exige nesta idade não deixa e também sinto que não o devo fazer à sua frente... e o pior é que o tempo passa a correr! 
Li que os especialistas dizem que a fase de adaptação pode durar um ano, com altos e baixos, piorar por volta dos 4, 5 meses da mais nova - fase das gracinhas - e outra vez perto do primeiro aniversário! Ou seja, ainda vou precisar de quilos de paciência e elas de muito carinho e atenção.

A C neste momento:
- Algumas birras, mais ou menos controláveis.
- Está muito mais "agarrada" a mim.
- Precisa de ter os seus dias bastante ocupados para gastar toda a energia que tem.
- Alguns retrocesos (típicos) - Diz que é bebé; já só usava chucha à noite para dormir, mas agora quer estar sempre de chucha; deixou completamente a fralda de dia, mas às vezes não quer vestir cuecas e pede para pôr fralda de dia, coisas assim...
- Apesar de todas as mudanças, continua uma miúda sociável, despachada e feliz! 

Eu:
- Com saudades de dormir uma noite seguida.
- Sem tempo para responder aos muitos emails que se acumulam.
- Ainda a Não dominar a logística de sair sozinha com as duas.
- A tentar dominar a organização de tempo - o dia a dia com as duas - colégio - casa - trabalho.... 
.... e podia continuar!

Depois, no meio dos momentos mais difíceis como aqueles em que se poêm as duas chorar ao mesmo tempo e dou por mim a pensar "No que é que eu me fui meter?!", há momentos que são uma delícia. De uma ternura que compensa tudo...
Quando olho para as duas a dormir só me apetece abraça-las, enche-las de beijos e penso - foi a melhor decisão da mundo!! 






E a vossa experiência como foi? Como está a correr? 
Truques, dicas, pensamentos?! 


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18 comentários:

  1. Vou passar exatamente pela mesma situação... Tenho a minha M. com 2 anos e meio e estou gravida de 6 meses da minha outra M. Ela esteve em casa comigo durante 6 meses, mas agora entrou para a escolinha, pq precisava, vai fazendo ja adaptação, e assim depois tenho mais tempo para adorar a pequena M. Preparamos sempre as duas o enxoval da nossa bebé e ela ajuda e gosta de ver. Esta semana experimentámos uma camisola que por sinal ja estava curta, e ela disse logo que era para a mana. Vamos ver como será daqui a 3 meses. Beijinho

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  2. Como mãe de duas crianças com 18 meses de diferença, revejo-me completamente neste post! Sinto que com ele não tenho todo o tempo do mundo como tinha com ela mas aprendi a saborear e valorizar ainda mais os momentos a sós, só eu e ele! E sinto que apesar dos altos e baixos, at the end of the day foi sem dúvida a melhor decisão da nossa vida!

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  3. A minha Petra( com dois anos certos de diferença do irmão mais novo) também teve alguns retrocessos, no eadamente na fralda e na chupeta, que nem nunca sequer tinha usado e que quis começar a usar! Nós nunca fizemos caso e sabíamos que era momentaneo. Aos 6 meses dele foi a fase mais carente, mais birrenta e chorana dela, mas agora (com 1 ano passado), já voltou tudo a estabiluzar, nada de birras, está muito adulta e voltou a deixar a fralda e a chupeta. Tudo passa e são apenas fases. Ainda hoje penso no que me meti, dois bebés tão próximos e, quem me dera que ainda o fossem mais ;)

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  4. As minhas 2 princesas têm 4 anos de diferença... a bebé MC tem agora 3 mesinhos e é o brinquedo da mana D. que a cobre de mimos e beijos e nomes carinhos todos os dias diferentes! Ao mesmo tempo há birras injustificadas, "quero a mamã" para tudo, etc, etc... Ainda hoje, à porta do infantário se recusou a entrar pois reclamava que eu e a mana íamos para casa ter um dia muito mais divertido! eu hoje cedi mas isto não se pode tornar regra! Passei o dia a mentalizá-la e a dar-lhe atenção redobrada e ainda bem que a MC colaborou pois dormiu o dia todo!!!

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  5. A minha princesa S, com 2 anos e meio, tem sido super carinhosa com a mana L., todos os dias quer dar beijinhos à mana...Só chegámos a casa da maternidade na Sexta-feira....por isso ainda é tudo muito recente. Mas até agora, apesar de uns momentos em que sinto que a S. faz uns chorinhos e pede mais atenção, está tudo a correr muito bem!

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  6. Pois é Fernanda... Nos primeiros tempos isso td é assim Mt complicado pq a Carlota estava habituada a ser filha única. Eu falo isso pela experiência da minha mãe. Sou a filha mais velha e enquanto a minha mãe estava grávida eu estava ansiosa Pr q a minha irmã nascesse e Qd a minha irmã nasceu eu fazia cenas de ciúmes horríveis e até dizia à minha mãe " já n gostas de mim "... Isso é só uma fase mas dps passa logo, tenha calma n desespere, td se resolve

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  7. Um abraço apertado (mesmo que a criança "regeite" e se tente esquivar dos nossos braços,por estar furiosa de ciúmes,funciona,a médio prazo vão aceitando que naquele momento "só tem direito a um abraço bem apertado... Actividades como por exemplo assistir o site bebele, (usar o programa a tube catcher por exemplo,e passar para uma pen drive,e colocar na entrada usb da smarttv. As crianças colam à televisão, aprendem, e deixam-nos acabar o jantar (no meu caso). :)

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  8. Tenho uma bebé com 20 meses e daqui a 3 nasce o irmão. Vão ficar com cerca de 23 meses de diferença. Já me estou a preparar e mentalizar que o primeiro ano não vai ser fácil. A própria pediatra falou nos retrocessos que a M vai sofrer e nos ciúmes que irá sentir. Tanto que este Verão pensei em fazer a tentativa de retirar a fralda de dia à M mas, ainda segundo a pediatra, caso não ficasse bem cimentada e controlada esta situação não valeria a pena insistir. Com o nascimento do irmão iríamos certamente dar dois passos atrás.
    Em suma, aproveitar estes últimos meses a duas, tentar prepará-la o melhor possível para a chegada do irmão e relax... ninguém é perfeito, vão haver situações mais fáceis outras mais difíceis. O melhor será mesmo realtivizar...

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  9. O Miguel tem mais 6 anos quando a Rita que tem 2 meses... Ele mostrando ciúmes pela energia que agora é a dobrar, na negação qd lhe pedimos alguma coisa, no comportamento rebelde e desafiador... Tento compensar com momentos só nossos... Deixo a menina com o pai e nós vamos até à praia, ao shopping, vamos lanchar fora.. E aproveito qd ele está na escolinha para namorar a minha filha.... É difícil... Quase que não tenho vida social... É o tempo para eles... Mas tb quero acreditar que um dia vou dizer foi difícil mas consegui e valeu a pena!!!

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  10. A Matilde tinha 2 anos e 3 meses quando soube que estava grávida da Victória e da Esperança, nasceram a 1 mes e qualquer coisa do 3º aniversário da Matilde e não vou dizer que foi fácil... andar com as três, mas foi rápida a adaptação logística, já a emocional... bem... digamos que a primeira bebé tem TODA atenção do mundo da mamã e do papá e sendo só uma é muito mais simples de lidar, com as manas habituámos a Matilde desde início a ajudar nas tarefas mais simples, como seja na muda das fraldas era ela que dava a fralda e a toalhita, na ajuda da escolha da roupa para vestir depois do banho, como, infelizmente não tinha leitinho que chegase para as duas, a Matilde ajudava com o biberon na espreguiçadeira a mana que estivesse a mamar no biberon... não sei optámos por integrá-la nas lides das manas e nunca sentimos CIUMES, se pediu um pouco mais de atenção? sim é verdade, pediu, mas era ligeiro, ficou mais teimosa? ficou, mas passa rapido... partilha tudo com as manas e até a sua Maria (a bebé dela) quando as manas choram... odeia vê-las a chorar e quer logo logo resolver o que as perturba...
    Correu bem... pelo menos é esse o nosso entendimento :)
    Bjinhos

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  11. Fernanda este texto podia ter sido escrito por mim!!! Por aqui a Benedita está igual (tem menos 1 ano que a Carlota ), birras e birras ( q ao mm tempo sao o TT a chegar em força e no pico maximo), quer tudo igaul à Caetana, não estou a conseguir tirar as fraldas, e se já era SO Mãe, agora então... o q vale é que a Caetana continua calminha mas dps olho p ela e sinto o mm, q não a aproveito nada. Agora que regressei ao trabalho ainda tenho mais saudades e parece q nem lhe pego ao colo com todas as correias, chegar a casa e tratar das duas, brincar, jantar, banhos. Mas dps temos o outro lado... a.adoração q têm uma pela outra é a coisa melhor. Os beijos, mimos e conversas são deliciosas. Vale a pena o esforço e sentir este orgulho é tao bom!
    Bjs

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  12. Olá Fernanda,
    aproveito a oportunidade para lhe dar os parabéns pelo seu blog, adoro-o!
    Eu tenho uma filha com quase 3 anos, daí que me imagino em tantas situações que partilha connosco. A minha comadre tem duas filhas com 2 anos de diferença, ela "queixava-se" do mesmo que a F . Contudo hoje, uma com 5 e outra a dias de completar os 3 anos, é uma delicia ver aquela relação, entre elas, irmãs e os quatro também, pais e filhas...
    No que diz respeito às atitudes da sua Carlota. Ela neste momento está passando por um momento de novas adaptações:
    - Tem uma mana;
    - Tem uma mamã e um papá para as duas (quando eram só dela);
    - Tem uma escolinha nova e tudo o resto que esta envolve...
    Diz-me a minha pouca experiência que as crianças manifestam o seu desagrado perante as situações, com birras, teimosia e ás vezes dizendo coisas que até nos podem magoar, do tipo "vai embora", "eu não gosto de ti". A minha filha, que é uma boa menina, muito amável, calma e sociável diz estas coisas a mim e ao meu marido quando temos de trabalhar mais um pouco e logo temos menos tempo para ela...
    vai correr tudo bem :)

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  13. Ainda não tenho filhos mas a maneira como escreves dá-me calma e aquela certeza de que nunca é fácil para mãe nenhuma, por mais que pareça. Mas digo isto como algo bom, prefiro que comentes a realidade do que vires cá dizer que é sempre tudo muito fácil. Quanto aos ciúmes são normais e de certeza que vão conseguir ser controlados, por todas as partes envolvidas.
    Beijinhos

    www.prontaevestida.com

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  14. Os meus filhos têm 2 anos de diferença. O primeiro foi um bebé fácil e era tudo muito tranquilo e perfeito. A chegada do segundo veio perturbar este equilíbrio feliz e também muitas vezes dei por mim a pensar " mas quem me mandou". O vínculo ao segundo filho foi difícil. Estava sempre cansada; assim que o sol se punha ficava ansiosa pois já sabia que vinha mais uma noite de muito choro e a dormir pouco. Vivia em piloto automático a satisfazer necessidades básicas.
    Foi muito difícil aceitar que não era a super mulher e que a minha vida familiar não era um conto de fadas. Ainda hoje quando olho para as fotos desse tempo não consigo sentir alegria ou nostalgia. Sinto pena, por não ter sido diferente.
    As coisas só acalmaram ao fim de 2 anos, quando o mais velho estava mais autónomo permitindo qua as saídas a 3 não fossem um stress, que os períodos em casa a 3 não fossem caóticos e quando finalmente comecei a dormir!
    Foi um belo banho de humildade, que expôs as minhas fraquezas e me desafiou a cada dia.
    A relação entre irmãos revela o melhor r e o pior de cada um. Vão ter ciúmes um do outro, lutar pela atenção dos pais, desafiarem-se mutuamente... Mas, também por isso, vão ser amigos, cúmplices, companheiros e protectores. A irmandade é uma bela escola de auto-conhecimento e de aprendizagem social.

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  15. Li e revi-me... a mais velhinha tem 3anos, o mais novinho tem 7 meses... alguns ciúmes mas nada de grave...
    Momentos desesperantes quando chamam os 2 durante a noite ou quando choram ao mesmo tempo... momentos de extrema ternura...
    Adoro!

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  16. Olá, tenho dois filhotes lindos o Ruben com 7 e a Ariana com 19 meses e confirma-se que aos 5 meses houve uma manifestação grande de ciúmes, mas o pior está a ser agora e desde que começou a andar, e que anda sempre atrás de mim, mas sei que é normal porque passei pelo mesmo e o pai dele também, e é o que lhe digo, " ser mano grande não é nada fácil, eu gostava que a avó tivesse deixado o tio Bruno na maternidade, sabias?", então ele ri-se e sabe que não é só ele que passa ou teve de passar por esta situação. Mas como eu o entendo, por exemplo a nossa família de 4 pessoas chega a qualquer lado e só existe a cachopa pequena, que está muito linda, que é muito pequenita, que é muito engraçada...etc.. e o resto da família até parece que não existe e por mais que os manos mais velhos tenham a situação resolvida tem-se sempre aquele aperto no coração, percebo perfeitamente o que ele sente. Mas isto é da natureza, até os animais têm manifestações de ciúmes, senão vejam:
    Tínhamos uma cadela a Suky aquando o nascimento do Ruben e habituada a estar só connosco, quando o Ruben começou a andar e nós o chamávamos para o ver andar ela corria na nossa direção e quando passava pelo Ruben, dava uma pequenina guinada com o rabo o suficiente para ele cair e ela vinha toda contente a pular à nossa volta e o miúdo ficava sentado no chão a olhar para nós. O ciúme é normal, o anormal é não existir ciúme, pois é porque não há amor, temos de ter muita paciência e acreditem que ás vezes não é nada fácil, força mães e pais que dizem que é só uma fase, mas depois viram outras.... ;)

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  17. Olá Fernanda realmente não é fácil...e odeio quando me fazem essa pergunta estúpida:
    E a irmã tem ciúmes???? Fico tola de raiva, porque parece que as pessoas não entendem que são duas crianças, uma viveu 5 anos com todo o mimo e atenção e é perfeitamente natural reagir a isso...não podemos considerar ciúmes mas uma luta por atenção que de repente lhe foi retirada. Não é fácil para eles nem para nós e acho que às vezes as pessoas parece que nos querem ouvir dizer que estamos péssimas, não dormimos, e não sabemos lidar com tudo. E não não sabemos pois acima de tudo somos mães reais que lidam com o bom e com o mau, não empurramos os filhos para os papás quando surgem dificuldades, e somos grandes por isso!!!! Os nossos maridos e 2º/3º filhos ficam um pouco de parte como é óbvio, porque ao contrário do que dizem os profissionais de saúde um bebé precisa de quase 24 horas por dia durante os primeiros 3 meses, eu falo por mim entre mudar fraldas, dar de mamar de 2 em 2 horas e adormecê-lo, está a imaginar. Eu também fico muito frustrada em muitas fases do dia, e preocupa me querer ficar com o mais novo até 1 ano porque não tenho emprego, mas perder por isso momentos preciosos com o marido, a filha mais velha e a sociedade.

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  18. Fernanda..os 2/3 anos são a "primeira adolescência"...a idade das grandes birras, que quando coincide com outra grande mudança (entrada para a escola, aparecimento de um irmão ou separação dos pais) vai empolar tudo isto.
    é uma fase de descoberta da gestão das emoções, temos de ajudar, com firmeza mas com muito amor (e uma enormeeee dose de paciência).
    é a fase do "não sei o que quero mas não é nada disto!", em que querem uma coisa, e depois já não querem e afinal queriam...
    é uma fase em que a forma como a passamos vai ser determinante para os próximos anos!
    bjinhos

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